quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Meu (quadragésimo nono) cordel, editado em 2017. (049)




COPACABANA (vista lá do posto seis)

Foi de lá do (posto seis)
Que avistei COPACABANA
O melhor lugar do mundo
Que só tem gente bacana
Pra matar minha saudade
E curtir felicidade
Volto lá toda semana


Esse bairro populoso
Cada vez mais diferente
Muda tanto toda hora
Mas deixa a gente contente
Quem lá procura o que quer
Jamais se cansa sequer
Até pra dar um presente

Sendo assim tão diferente
Tudo lá é surreal
Pela sua diversidade
De maneira sem igual
Seu passado e seu presente
Que confunde muita gente
Sempre está bem atual
              (02)


 Sua historia de glamour                          
De beleza e de esplendor
(Ainda com quase dois séculos)
Permanece com valor
A sua tão bela memória
Mostra bem a sua gloria
Cada vez com mais vigor

Copacabana não dorme
Nem consegue cochilar
Essa donzela querida
Nunca nem pensou parar
Fica na beira da praia
Até pra cair na gandaia
É sempre bem singular

Lá ninguém se preocupa
Em querer mostrar beleza
Todo mundo vai pra lá
Pra sentir a natureza
Andando bem à vontade
Sem luxo nem vaidade
E nunca mostrando tristeza
            (03)

Esse bairro carioca
Da zona sul da cidade
É roteiro obrigatório
Pra quem quer ver novidade
E quem vai lá passear
Fica doido pra voltar
Pra sentir felicidade

Quem procura hospedagem
Tem hotel pra todo lado
O Copacabana Palace
É o mais sofisticado
Um belo cartão postal
Cada vez mais atual
É o mais fotografado

Passear nesse lugar
Procurando diversão
Em lugar nenhum do mundo
Haverá comparação
Tudo tem pra se fazer
Tem comércio e tem lazer
E tem lindo calçadão
            (04)

Ela ficou conhecida
Por PRINCESINHA DO MAR
Apelido carinhoso
Dum compositor de bar
Que fez música para ela
Pensando na fama dela
Pra todo mundo cantar

Copacabana é mesmo
Um (Asilo a céu aberto)
Com muito velho na rua
Se mostrando bem alerto
Tropeça pelo caminho
Mas dispensa seu carinho
Pra dizer que é esperto

Sua linda Avenida Atlântica
Bem de frente para o mar
É outro (cartão postal)
Que todos querem comprar
É lembrança garantida
Que garante toda vida
Recordar esse lugar
              (05)

As calçadas desse bairro
Feita em pedras portuguesa
Recorda tempos passados
Da sua fama e sua beleza
Apesar de remendadas
Inda são bem conservadas
Pela própria natureza

Tudo lá é informal
Nada tem muito rigor
Muito carro nas calçadas
E barulho de motor
Nessa loucura danada
Nem convêm se falar nada
É melhor ninguém se opor

Lá tem tanto camelô
Vendedor de bugiganga
Que ninguém agüenta mais
Mas nem por isso se zanga
Esses tais “comerciantes”
Todos bem extravagantes
Adoram soltar a franga
             (06)

Quem procura mais prazer
E vai lá pro calçadão
Fica bem descontrolado
Vendo tanta animação
Tem gente pra todo lado
Num corre, corre danado
Mas não tem proibição

Tudo lá é democrático
Tem cachaça pra beber
Picolé para chupar
Tapioca pra comer
Dependendo do freguês
Sendo pobre ou for burguês
Só depende do querer

Em lugar nenhum do mundo
Tem algo tão parecido
Seu tempo passa correndo
Porque tudo é divertido
Se não cura coração
Servirá pra depressão
Com certeza não duvido
              (07)

Outro bom divertimento
É curtir as madrugadas
Casa noturna não falta
São todas bem badaladas
Dependendo da idade
Ou talvez da vaidade
Algumas são mais lotadas

Quando a lua fica cheia
No final da madrugada
Também é um bom programa
Pra fazer sem gastar nada
As ondas ficam brilhando
Casais ficam namorando
Eis a mais linda balada!

Ao final do meu versar
Eu garanto pro leitor
Conhecer Copacabana
É um luxo sim senhor
Mesmo tendo até sujeira
Encare com brincadeira
Esse tão belo esplendor
               (08)

O seu luxo e sua beleza
É da maior curtição
Pois até suas favelas
Merecem nossa atenção
E seu Cristo Redentor
Lá de cima com fervor
Lhe dá muita proteção

A bela Copacabana
Ela foi, é e será
(A musa inspiradora)
Que jamais nos deixará
Poetas e trovadores
Seus versos e seus amores
Nunca não nos faltará

Finalmente lhes garanto
Pra ficar documentado:
Visitar esse lugar
Pode até ser complicado
Mas não é grande suplício
Vale qualquer sacrifício
Eita lugar bom danado!      FIM/JUN/2017


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