sábado, 2 de julho de 2016

Meu (trigésimo sétimo) cordel, editado em 2016. (037)




A NAMORADA DO PADRE
  (um mistério na Igreja)

A historia que vou contar
(De padre com namorada)
Parece fantasiosa
Mesmo assim será contada
Com meus versos tentarei
Desvendar essa charada


Esse tipo de historia
De mistério e confusão
Quem quiser saber de tudo
Tem que lê com atenção
Com ou sem convencimento
Terá uma conclusão

É bem claro que na vida
É comum contradição
A mentira é lorota
Verdade é salvação
Sempre foi bem complicado
Caminhar na contramão

                   (02)

Mesmo sendo um disparate
Esse meu raciocinar
Sobre padre com mulher
Nada pretendo inovar
Mas o povo sabe bem
Como gostam de pecar

Mulher que gosta de padre
Com certeza é sacana
Adora libidinagem
Mas se mostra puritana
Quando alguém mexe com ela
Costuma rodar baiana

Esse tipo de mulher
Normalmente perigosa
Tem traseiro arrebitado
E tem cara de fogosa
Rebola, rebola tanto
Mas nem sempre é gostosa


                                               (03)

Quando vai rezar na missa
Toda faceira enfeitada
É a própria piriguete
Que não liga para nada
Reza, reza, tanto reza
Que parece alma penada

Quando vai se confessar
Na fila é a primeira
São tantos os seus pecados
Que cochila na cadeira
Conta tudo para o padre
Mas leva na brincadeira

Essa pervertida moça
Que se chama Marieta
Costuma comprar Viagra
Pra carregar na maleta
É maldosa e prevenida
Quando vai fazer mutreta



              (04)

Se ela namora esse padre
Seu amor é duvidoso
E seu tipo de namoro
É talvez bem mentiroso
Por está cheirando mal
Ficarei mais cauteloso

Há quem diga francamente
Que mulher tem seu bom gosto
Mas escolhe namorado
Bastando mirar no rosto
Mesmo parecendo padre
Não liga pra pressuposto

Todo mundo sabe bem
O que é o celibato
É (voto de castidade)
Para quem quer ser beato
Que será sempre pecado
Se houver pulo do gato

            (05)


Esse padre sem vergonha
Que se chama Adamastor
Se não é um chantagista
É um aproveitador
Não tem ficha na Polícia
Mas parece um impostor

Desfila pela cidade
Com pinta de milionário
Gosta de carro amarelo
Que custa pouco salário
Se veste de terno branco
Parecendo visionário

Há quem diga que esse moço
Veio de lá da Paraíba
Se dizendo ser um padre
Do sertão de lá de riba
Resolveu mudar de vida
Pra sair da pindaíba

             (06)


Esse tipo de falsário
No sertão é bem comum
Aquele povo sofrido
Acredita em qualquer um
Paga qualquer promessa
Inté fazendo jejum

Pra não ter mais suspeição
Então resolvi aceitar
A verdadeira verdade
Falou grosso o Baltazar
Cabra macho que não presta
Não tem medo de pecar

Foram tantas as fofocas
Que terminei na Polícia
O namorado da moça
Todo cheio de malícia
Tinha pinta de machão
Devo crer que é milícia

               (07)


Mas bastante angustiado
Indaguei ao meu compadre
Esse padre como chamam?
Confirmei com a comadre!
O namorado da moça
Tem apelido de padre

Fiquei muito encafifado!
Esse padre de mentira
É um cabra bem sacana
Um tremendo caipira
Trapaceiro disfarçado
Como é todo qualira

Se eu fosse policial
Com um tapa de mão cheia
Sem ter dó nem piedade
O jogava na cadeia
Amarrado feito bicho
Numa forte grande peia

                                           (08)

A pior coisa do mundo
É um cabra malfeitor
Usando bom apelido
Pra conseguir ter amor
Coitada da Marieta
Que namora Adamastor

Esse tipo de pessoa
Que gosta de disfarçar
Tendo sempre um apelido
Já nasceu para enganar
Essa minha conclusão
Me bastou para encerrar

Termino a minha historia
Bem alegre e satisfeito
Todo meu raciocinar
Foi de fato bem perfeito
Esse padre de mentira
É um cretino sujeito.

     FIM/MAR/2016


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