O “PECADO” DA VAIDADE
(em versos de cordel)
Neste meu
modesto opúsculo
De cultura
popular
Resolvi nem
sei por quê (...)
Este tema
versejar
Com toda
sinceridade
Não gosto
de vaidade
Mas não vou polemizar
Se vaidade é
“pecado”
Para o “bem”
até vai bem
Mas quando é
para o mal
Certo perigo
contém
E pra não
me aborrecer
Eu prefiro
me conter
Pra não criticar
ninguém
Quando faço
meus cordéis
Não gosto de
confusão
Só os faço
quando encontro
A justa
motivação
Este tema
surreal
E por
demais atual
Me deu muita
inspiração
De fato,
nunca gostei
Dessa tal de
(vaidade)
Me parece
uma doença
Que ataca
sem piedade
Transformando
o ser humano
Por
demais tão desumano
Por simples
banalidade
Já senti na própria
pele
Como é essa “doença”
É coisa desagradável
Que só gera
desavença
Quase
perco o rebolado
Mas
fiquei bem controlado
Para não
fazer ofensa
Essa coisa
tão grave
Que me pegou
de surpresa
Me deu tamanha
agonia
Mas também
certa tristeza
Quase fiz
uma besteira
Mas levei
na brincadeira
Para não virar
a mesa
Sempre eu
soube que o vaidoso
É alguém tão
complicado
Que adora
fazer discurso
Mesmo sendo
criticado
Mas é
pagador de mico
E gosta
de mexerico
É um ser
abestalhado
O vaidoso
nunca tem
Limites nem
compostura
Pra mostrar
sua vaidade
Ele faz
qualquer “loucura”
Quando
está acompanhado
Fica
sempre abobalhado
Querendo
mostrar cultura
O vírus
dessa doença
Pode até
nunca matar
Mas é bem
contagioso
E ataca sem
se notar
Quando
sobe pra cabeça
Faz com
que a pessoa se esqueça
Do seu jeito
tão vulgar
E quando há
arrogância
Tem a ver
com educação
É coisa de
gente besta
Que sempre
quer ter razão
Só não
sei se Freud explica
Dando a nós
mais uma dica
Dessa triste
aberração
Já ouvi de
um professor
Que essa tal
de educação
Sempre foi
tão complicada
Que ninguém
entende não
Mesmo
quem pode estudar
E até
doutor se tornar
Pode ser um
bestalhão
Vaidade com
arrogância
É coisa que
não tem jeito
Fica difícil
saber
Como é esse defeito
Mas uma coisa
é verdade
Tem a ver
com sanidade
De quem não
pensa direito
Essa coisa
tão maligna
Me parece
certamente
Uma espécie
de “loucura”
Que deixa a
pessoa demente
Remédio
pra isso não tem
Nem
tratamento também
Mas tem
perigo iminente
Quem quer se
fazer de louco
Pode ser
enganação
De gente que
quer fingir
Só pra fazer
danação
Pra
mostrar que é bacana
Vive
rodando a baiana
Querendo ser
atração
Esse tipo de
pessoa
É sempre tão
perigosa
Que as vezes
nem tem defeito
Mas adora
ser maldosa
Quando chega
num lugar
De tudo
quer discordar
Querendo ser
mais famosa
O ego
de quem é vaidoso
Deve ser tão
complicado
Que nem a ciência
sabe
Quando ele
está regulado
Mas nada
tem com riqueza
Muito
menos com pobreza
É coisa de mal-educado
A mania do
vaidoso
É querer ser
destacado
Tudo faz bem
diferente
Para sempre
ser lembrado
Não liga
pra caçoada
Nem se
importa com piada
Mas quer ser
bem festejado
Eu garanto e
não duvido
Que essa tal
de vaidade
Sendo ou não
sendo doença
Com certeza
tem maldade
Pois quem
quiser duvidar
Acho bom
ir pesquisar
Sem medo nem
piedade
Todo ser que
é vaidoso
Também quer
ser diferente
Ele adora
aparecer
Quando está
perto da gente
Pode ser
até frescura
Mas não
tem jeito nem cura
É um caso
deprimente
Tem alguma
vaidade
Que parece
até legal
Mas outras
tantas sem dúvidas
É coisa que
só faz mal
Tem algo
draconiano
Que atazana
o ser humano
Feito doença
fatal
Agora já
satisfeito
E pra não
exagerar
Vou parando
por aqui
Para não
mais chatear
Este polêmico
tema
Que já me
deu até problema
Chega de
tanto versar
Quando o
tema é polêmico
Mas teve seu
justo fim
Nunca deve
faltar nada
Mesmo até
sendo ruim
Como sei
me comportar
Mas eu só
quis chacoalhar
Resolvi
fazê-lo assim
Eu nunca fui
barraqueiro
Nem sou cobra
cascavel (...)
Mas estando encafifado
Sempre faço
meu cordel
Quero
crer sinceramente
Que
consegui certamente
Cumprir bem
o meu papel
Sendo ou não
(pecaminosa)
Essa tal de vaidade
Pelo mal que
ela carrega
Contém muita
atrocidade
Pra não
ser tão exigente
“Peço
vênia” minha gente!
CHEGA DE
TANTA VERDADE.
FIM - Rio de Janeiro/JAN./2020
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