terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Meu (quinquagésimo quarto) cordel, editado em 2018. (054)




A CRISE NA SEGURANÇA DO RIO DE JANEIRO
    (matar ou morrer têm sido a solução!)
            “CADÊ A INTELIGÊNCIA?”
                        
Este cordel popular
Bem Focado em SEGURANÇA
Além de ser cultural
Pode trazer esperança
Quem prestar bem atenção
Não vai perder nada não
Só vai ganhar confiança


Nele será indagado
Sobre a tal INTELIGÊNCIA
Sem criar qualquer polêmica
Nem tampouco intransigência
Será mostrado a verdade
Sem nenhuma vaidade
Mas “rogando” providência

NADA SERÁ ENSINADO!
Esse Tema corriqueiro
Que mexe com muita gente
É bastante verdadeiro
E carece solução
Seja qual for à razão
Já virou bem brasileiro


                (02)

Além de ser brasileiro
É deveras atual
Todo mundo fala nele
Mas sempre bem informal
Tudo sem ter solução
Só resulta em confusão
Eis aí o grande mal

A Segurança do Rio
Entre todas do país
Tem sido crucificada
Mas “peca” pela raiz
Tem muita gente mandando
E pouca gente atuando
(Talvez) falte diretriz

Seu modelo tão antigo
parece enferrujado
Quanto mais se modifica
Mais fica fragilizado
Quando parece moderno
Fica é mais subalterno
Virou um modelo quebrado

               (03) 

O Governador do Estado
Que não encara o problema
(Tira chefe e bota chefe)
Mas não quer mudar o esquema
Só vive lá em Brasília
Vai chorar com a família
Mas permanece em dilema

O seu “douto” Secretário
O Chefão da Segurança
Nem consegue mais dormir
Com medo dessa lambança
Quanto mais quer resolver
Nada consegue fazer
Perdeu toda confiança

O Sistema Prisional
Está tão desgovernado
Que não tem nem mais lugar
Pra colocar o apenado
A droga é liberada
Ninguém fiscaliza nada
Tá de fato esculhambado


            (04)

Delegacias e quartéis
Não é bom nem se falar
Vivem tão sucateados
Que faz a gente chorar
Tudo lá é quebra-galho
Um verdadeiro espantalho
O melhor é nem pensar

Pra Polícia trabalhar
Sempre tem complicador
Policial faz milagre
“Vive pedindo favor”
Falta gás na viatura
Vira uma grande tortura
Cumprir ordens do Doutor

E no tal Judiciário
Todo preso tem “razão”
Mesmo depois do crime
Demora chegar na prisão
E o Doutor Advogado
Nunca se faz de rogado
Também ganha seu quinhão


                (05)

Os políticos do Estado
Que pouco ligam pra Lei
Já têm tanto o que “fazer
Que de fato nunca sei
Mas gostam de pedir voto
Mesmo sendo uns ignotos
Se apresentam como Rei

O Governo Federal
Sabedor dessa questão
Nunca quer nem se meter
Só fica de prontidão
Ministros ficam alertos
Mesmo todos bem espertos
Ninguém quer botar a mão

Quando ao Rio vem um Ministro
Da Justiça ou da Defesa
Vira um grande alvoroço
“Botam as cartas na mesa”
Mas tem muita encenação
Tem banquete e diversão
“verdadeiro Showbeleza”


             (06)

Todo mundo dá palpite
Querendo ser sabichão
Mas só fazem é promessas
Aumentando a confusão
E mesmo só prometendo
Já ficam todos querendo
Sair na televisão

E os “agentes federais”
Nada fazem também
Não fiscalizam fronteiras
E nem prendem ninguém
Até lá no Galeão
Qualquer “pacote” vai e vem

A Polícia estadual
A Civil e a Militar
É QUEM VÉM “PAGANDO O PATO”
E nem pode cochilar
Tem que ter muita coragem
Entender de malandragem
Para poder se safar

                   (07)

E o “folclórico” Pezão
E o “hilárico” Crivela
Só pra “vender Segurança
Forjaram uma “panela
Já contratam servidores
Pagando reles valores
Pra rondar até favela

Se MATAR ou MORRER for
A única solução?
Coitado quem é policia
Vai morrer sem ter perdão
Nunca pode ter família
Viverá sempre em vigília
Tem que comprar seu “caixão

O povo nunca foi bobo!
De longe tá vendo tudo
Mas pra não comprometer-se
Prefere então ficar mudo
Dessa forma minha gente
Essa tal coisa indecente
Vira bicho cabeludo


                  (08)

Pra qualquer leigo no assunto
Não é difícil saber:
Toda (Segurança Pública)
Muito mais carece ter
Ter manejo bem moderno
Tanto interno como externo
Pra poder sobreviver

É por esse bom saber
Que a Polícia paga o “pato
E culpam a INTELIGÊNCIA
Como fato caricato
E NOSSO RIO DE JANEIRO
Se transforma em pardieiro
Um lugar de assassinato

Apesar de tão bonito
Já não serve para nada
Só tem mendigo e favela
E muita joça quebrada
E essa tal de INTELIGÊNCIA
Que nunca tem consistência
SERÁ ETERNA PIADA.

FIM/Rio de Janeiro/2018


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