sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Meu (quadragésimo primeiro) cordel, editado em 2016. (041)

UM GAROTINHO MARRENTO
     (foi parar no xilindró)

A pior coisa do mundo
É criança mal criada
Não podemos suportar
Neném fazendo zoada
Se ele foi pro xilindró
Com seu caro paletó
De certo fez foi cagada (...)


A criança que vos falo
É o malandro Garotinho
O tal que governou o Rio
Chamado de malandrinho
Quando se viu encurralado
Feito cachorro danado
Ficou de fato doidinho

Aprontou grande banzé
Foi parar num hospital
Mesmo deitado na maca
Xingou muito o pessoal
Só depois de amarrado
Ele então foi dominado
Levado preso afinal



Mas depois de tal encrenca               (02)
O sacana Garotinho
Consegui ser protegido
Por aquele bom jeitinho
Lhe deixaram isolado
E muito bem disfarçado
Ficando bem escondidinho

E a Polícia Federal
Que já sabia de tudo
Cumpriu bem o seu dever
Mesmo ele sendo marrudo.
Mas com saco de dinheiro
Correu logo bem ligeiro
Fez Juíza ser escudo

E eis que tão bem de repente!
Essa suspeita “Juíza”
Tirou o neném da prisão
Que de cirola e camisa
Logo doente ficou
E gritando se queixou
Com nariz cheio de coriza





Levado pra Rede Dor                     (03)
Hospital de gente rica
Ele ficou protegido
Como é toda marica
Neném bobo e traiçoeiro
Perigoso e trapaceiro
Mas fede que nem titica

Se o hospital fosse de pobre
Como é o da Cadeia
Garotinho estava frito
E entrava era na peia
Se não ficasse sadio
Pra esse malandro vadio
A Policia não bobeia

Esse neném tão marrento
Que tem mulher e dois filhos
Pastores que vendem fé.
É uma corja de caudilhos
Travestidos de políticos
E bastante parasíticos
Verdadeiros limpa-trilhos




Ao saírem lá de Campos                     (04)
Se mudaram para o Rio
Pra montar forte quadrilha
E com total poderio
Roubaram muito dinheiro
Armaram tudo ligeiro
Com poder e sangue frio

Esse “político” otário
Desdenhou dos cariocas
Enrolou bem direitinho
Ainda os fez de bobocas
Governou sem competência
E preferiu a inadimplência
Escondido nas suas tocas

É pena que uma “Juíza”
Magistrada sem valor
Tenha soltado o neném
Por acha-lo sofredor
Será mesmo meu bom Deus
Que esse neném “semideus”
Merece ter protetor?




Eu lamento minha gente (...)               (05)
Enquanto houver bandidos
Protegidos por Juíza
Estamos mesmos perdidos
E nosso Brasil tão bom
Ficará mesmo sem tom
Com Direito combalido

Sem preconceito de clero
Firmo aqui meu pensamento (...)
Esse neném Garotinho
É de fato um excremento (...)
Usa até a sua Igreja
Para encher a sua bandeja
Fazendo seu sacramento

A real acusação
Contra esse tal Garotinho
É algo bem criminoso
Que se vê no seu caminho
É a tal compra de votos
Que até pra seus devotos
Ele é um cão malzinho




Fareja qualquer um voto                   (06)
Dando Cheque cidadão
E é sempre bem eleito
Por conta do povo irmão
Mas quando foi delatado
Ficou doido e revoltado
Querendo pedir perdão

Esqueceu honestamente
Que a Policia não é burra
Sabe tudo direitinho
E devagar sempre esmurra
Quando chega a hora certa
Bem logo se manifesta
Pedindo que digam hurra!

Esse Garotinho mal
Diz que é religioso
Fazedor de devoção
Seu rebanho belicoso
Acredita piamente
E pede pra toda gente
Que lhe faça glorioso




Toda gente “protestante”                 (07)
Adora dizer que é
E mistura com politica
Em nome da santa-fé
Não devemos concordar
Sem antes muito pensar:
Quem protesta quer filé

Quem nesse tão grande mundo
Nunca quis raciocinar
Pra melhor poder viver
De certo vai se lascar
Confiar em Garotinho
Seja lá com seu jeitinho
É coisa de arrepiar

Esse astuto Garotinho
Dizendo que é pastor
Enrolou muito mais fácil
O pobre que é eleitor
Inda mentiu pra Policia
Dizendo não ser milícia
Mas garantiu ser doutor




Esse tipo de político                             (08)
No Brasil é bem comum
Só vive dando trambique
E comprando qualquer um
Até em nome de Deus
Quer provar ser semideus
Fazendo até um jejum

Essa danada prisão
Foi de fato hilariante
Não durou foi quase nada
Inda foi bem intrigante
A tão grande putaria
No bom nome da anarquia
Teve um Juiz arrogante

O que mais ficou ridículo
Acredite minha gente!
Foi a anulação da prisão
Desse Garotinho crente
Se Juiz não tem vergonha
Sempre haverá barganha
De toda gente indecente.
                                              FIM/Rio/Dez/2016













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