quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Meu (trigésimo quarto) cordel, editado em 2016. (034)

    RIO DE JANEIRO
(totalmente sem governo)

Neste bom Rio de Janeiro
Seu povo ficou lascado
Elegeram dois políticos
E nem um foi preparado
O Pesão ficou doente
Dornelles com dor de dente
Está ficando entrevado


Em plenos Jogos Olímpicos
Tudo está degringolando
Se antes não teve dinheiro
Agora está piorando
Sem grana e sem governante
Ficou tudo preocupante
O Rio perdeu seu comando

Tudo isso nos leva a crer
Ser culpa do eleitorado
Quando houve a Eleição
O voto foi mal votado
Votaram de sacanagem
Fizeram muita bobagem
Pareceu voto comprado
Em todo Rio de Janeiro                         (02)
A coisa tá bem danada
Saúde, Escola e Segurança,
De fato virou piada
Essa bagunça infernal
Foi feita com tanto mal
De certo foi planejada

Outras mais Secretarias
De quase igual relevância
Também sofrem com o governo
Que não lhes dá importância
Para todo Servidor
Tem sido um grande horror
De tamanha discrepância

Pra quem é aposentado
Reformado ou pensionista
Esses estão bem piores
Por nem poder ser grevista
Se tiver que protestar
Terá que se contentar
Em poder dá entrevista



Toda hora morre gente                         (03)
Por falta de Hospital
Se a mulher tem que parir
Falta UTI-neonatal
Até planos de saúde
Tendo ou não mais amplitude
Virou tudo um carnaval

A gastança nessa área
Passou tanto do limite
Que não tem nem mais dinheiro
Pra gastar com sinusite
O coitado do doente
Se não morrer de repente
Vai ganhar uma gastrite

Ninguém tem nenhuma ideia
Dos gastos só com saúde
Tem gasto de todo jeito
De tamanha ilicitude
Quando tem licitação
Nunca tem comprovação
Sempre é feita amiúde



Escolas estaduais                                    (04)
Já estão fazendo greve
Nem sei mais há quanto tempo
Já virou bola-de-neve
Coitado do professor
Com total mais dissabor
Nem sabe se volta em breve

Esse tão grande absurdo
É só no Rio de Janeiro
Que continua acontecendo
Por esse Brasil inteiro
Até parece fofoca
Virou moda carioca
Escola não ter dinheiro

E a danada Segurança
Essa sim não tem mais jeito
Tem um doido Secretário
Que quer provar ser direito
Só fica se lamentando
Se desculpando e chorando
Pra ninguém vê seu defeito



E a Polícia Estadual                                  (05)
Já está tão desgastada
Que o bandido sacaneia
Fazendo mais palhaçada
O polícia angustiado
Fica no fogo cruzado
Numa grande encruzilhada

Quando vai para o serviço
Fica sempre a lamentar
Pensando na sua família
E quando irá retornar
Seu serviço lhe aborrece
Fica no maior estresse
Só pensando em arribar

O policia cumpre escala
E pra não perder o emprego
Não pode fazer nem bico
E vive pedindo arrego
Essa coisa complicada
E sempre premeditada
Só lhe trás desassossego



Seu pagamento mensal                           (06)
Nunca mais saiu em dia
Para nenhum Servidor
Nem quem ganha mixaria
Vê a cor do seu dinheiro
Só tem sido um pesadelo
De tamanha baixaria

Acreditem minha gente
Se ninguém pode comprar
Nem feijão para comer
Nem café para tomar
Tudo fica complicado
Servidor desesperado
Pensa só em se vingar

A vingança mais comum
É greve desordenada
O povo perde a cabeça
Vira saco de pancada
E a Polícia queira ou não
Usando seu Camburão
Não pode nem dá porrada



Todo dia tem mais greves                        (07)
Pelo centro da cidade
Tudo fica engarrafado
E se vê muita maldade
Quebram tudo pela frente
O clima fica tão quente
Sem haver civilidade

Em qualquer um mau governo
Fica tudo à revelia
E o povo é quem sofre
Com tamanha baixaria
Podendo ou não protestar
Tudo vai continuar
Nessa grande covardia

Finalmente relembrando
O tido lá no começo:
Votaram de sacanagem
Sem avaliar o preço
Se o voto não for decente
Tão logo bem de repente
A vida terá tropeço



Sem querer tomar partido                        (08)
Nem tão pouco criticar
Deixo aqui o meu recado
Para o povo apreciar:
Quem vota de molecagem
Ou por pura vadiagem
De certo vai se lascar

A cultura com certeza
É dona dessa verdade
Sem Escola tudo falta
Falta até seriedade
Sem Saúde e Segurança
Também falta confiança
E tudo vira maldade

Mesmo assim inda há tempo
De se encontrar solução
Se o povo for paciente
Irá resolver a questão
Pra essa dupla do barulho
Atolada num entulho
Não pode mais ter eleição.

FIM/Rio de Janeiro/Set./2016





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